Foto: Nelson Ezídio/Intersindical
Do site do PSOL Nacional, Leonor Costa - com informações da Liderança do PSOL na Câmara
Mesa Diretora da Casa impede que trabalhadores acompanhem debate da Comissão Geral das galerias do plenário. Ivan Valente afirma que o PSOL vai resistir até o fim contra mais esse ataque aos trabalhadores. Dirigente da Intersindical considera que projeto garante mais lucros para a burguesia
A importância da unidade dos trabalhadores e das entidades sindicais para derrotar o PL 4330/04, que regulamenta a terceirização no país, foi reafirmada na tarde desta quarta-feira (18) pelo presidente do PSOL, deputado Ivan Valente, durante Comissão Geral que debateu o projeto na Câmara dos Deputados.
Antes do início do debate, no início da tarde, dirigentes sindicais e trabalhadores de várias categorias vindas de diversos cantos do país, foram barrados nas entradas que dão acessão ao interior da Câmara dos Deputados, a partir de um ato da Mesa Diretora. Com a restrição aos manifestantes, que queriam assistir à sessão das galerias do plenário, apenas os representantes das entidades que falaram durante o debate puderam entrar. Essa atitude demonstra a clara disposição da direção da Casa do Povo, conforme a Câmara é chamada, de abafar as vozes descontentes com o projeto, apresentado pelo deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), da base do governo Dilma na Câmara.
Para o líder do PSOL na Câmara, a proposta significa, na prática, a precarização do trabalho. “É um projeto para aumentar o lucro patronal e retirar direitos dos trabalhadores. À medida que se aumenta a jornada, precariza-se mais, baixam-se os salários, etc., isso se torna uma coisa análoga a trabalho escravo”.
Segundo ele, a remuneração dos terceirizados é 27% inferior a dos trabalhadores permanentes e está na faixa de 1 a 4 salários mínimos; trabalha-se, em média, três horas a mais; a permanência no trabalho é de 5,8 anos para os permanentes, em média, e apenas 2,6 para os terceirizados; há uma alta rotatividade dos terceirizados: 45% contra 22% dos diretamente contratados; e que de cada 10 trabalhadores acidentados 8 estão no setor terceirizado.
Ivan Valente, que também criticou a restrição imposta pela Mesa Diretora da Casa à entrada de lideranças sindicais, convocou os trabalhadores para uma grande mobilização contra o projeto e disse que o PSOL vai resistir até o fim contra mais esse ataque.
“Nós não podemos admitir retrocesso nas relações trabalhistas. Chega de acumular capital para na verdade precarizar a mão de obra brasileira. Nós estamos aqui para dizer que o Brasil sonha com um projeto de desenvolvimento autônomo e soberano, com justiça social, com distribuição de renda, para garantir que o povo brasileiro tenha outras oportunidades. O lucro, a exacerbação do ganho não pode estar acima dos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários do povo brasileiro. Aqui na Câmara, o Partido Socialismo e Liberdade resistirá até o fim contra o PL 4330”.
Lucro para a burguesia
O dirigente da Intersindical e militante do PSOL Edson Carneiro, o Índio, falou, durante a Comissão Geral da Câmara que o PL 4330/04 é mais uma medida para garantir o lucro da burguesia, que segue enriquecendo com a exploração dos trabalhadores. “Esse projeto não passará porque acreditamos na capacidade de luta dos trabalhadores. A terceirização é o grau mais acabado da precarização das condições de trabalho”, disse Índio, afirmando que as manifestações acontecerão este ano e em 2014, quando o país estará com as atenções voltadas para a Copa do Mundo.
Ele conclamou os deputados a votar contra o projeto e deu um recado importante, caso os empresários saiam vitoriosos nessa disputa: “O conjunto dos trabalhadores, das entidades sindicais, da Intersindical, das demais centrais e da juventude voltarão às ruas para garantir a derrota dessa proposta, que é uma barbárie contra o trabalhador”.
A Anamatra (Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho) foi outra entidade de classe que afirmou posição contrária ao PL 4330. Para Paulo Luiz Schmidt, presidente da entidade, a regulamentação da terceirização proposta pelo PL 4.330/2010 objetiva tão somente a redução de custos para as empresas e vai aumentar a prática no país. “Daqui para frente o que era exceção vai virar regra”, alerta o magistrado, explicando que isso significará um aumento drástico da concentração de renda e consequente diminuição do fator trabalho na renda nacional. “Em termos de futuro da nação, o projeto é uma tragédia”, disse.
Paulo Schmidt também alertou que o projeto é uma ofensa a princípios da Constituição Federal, bem com as convenções internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
Mesa Diretora da Casa impede que trabalhadores acompanhem debate da Comissão Geral das galerias do plenário. Ivan Valente afirma que o PSOL vai resistir até o fim contra mais esse ataque aos trabalhadores. Dirigente da Intersindical considera que projeto garante mais lucros para a burguesia
A importância da unidade dos trabalhadores e das entidades sindicais para derrotar o PL 4330/04, que regulamenta a terceirização no país, foi reafirmada na tarde desta quarta-feira (18) pelo presidente do PSOL, deputado Ivan Valente, durante Comissão Geral que debateu o projeto na Câmara dos Deputados.
Antes do início do debate, no início da tarde, dirigentes sindicais e trabalhadores de várias categorias vindas de diversos cantos do país, foram barrados nas entradas que dão acessão ao interior da Câmara dos Deputados, a partir de um ato da Mesa Diretora. Com a restrição aos manifestantes, que queriam assistir à sessão das galerias do plenário, apenas os representantes das entidades que falaram durante o debate puderam entrar. Essa atitude demonstra a clara disposição da direção da Casa do Povo, conforme a Câmara é chamada, de abafar as vozes descontentes com o projeto, apresentado pelo deputado Sandro Mabel (PMDB-GO), da base do governo Dilma na Câmara.
Para o líder do PSOL na Câmara, a proposta significa, na prática, a precarização do trabalho. “É um projeto para aumentar o lucro patronal e retirar direitos dos trabalhadores. À medida que se aumenta a jornada, precariza-se mais, baixam-se os salários, etc., isso se torna uma coisa análoga a trabalho escravo”.
Segundo ele, a remuneração dos terceirizados é 27% inferior a dos trabalhadores permanentes e está na faixa de 1 a 4 salários mínimos; trabalha-se, em média, três horas a mais; a permanência no trabalho é de 5,8 anos para os permanentes, em média, e apenas 2,6 para os terceirizados; há uma alta rotatividade dos terceirizados: 45% contra 22% dos diretamente contratados; e que de cada 10 trabalhadores acidentados 8 estão no setor terceirizado.
Ivan Valente, que também criticou a restrição imposta pela Mesa Diretora da Casa à entrada de lideranças sindicais, convocou os trabalhadores para uma grande mobilização contra o projeto e disse que o PSOL vai resistir até o fim contra mais esse ataque.
“Nós não podemos admitir retrocesso nas relações trabalhistas. Chega de acumular capital para na verdade precarizar a mão de obra brasileira. Nós estamos aqui para dizer que o Brasil sonha com um projeto de desenvolvimento autônomo e soberano, com justiça social, com distribuição de renda, para garantir que o povo brasileiro tenha outras oportunidades. O lucro, a exacerbação do ganho não pode estar acima dos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários do povo brasileiro. Aqui na Câmara, o Partido Socialismo e Liberdade resistirá até o fim contra o PL 4330”.
Lucro para a burguesia
O dirigente da Intersindical e militante do PSOL Edson Carneiro, o Índio, falou, durante a Comissão Geral da Câmara que o PL 4330/04 é mais uma medida para garantir o lucro da burguesia, que segue enriquecendo com a exploração dos trabalhadores. “Esse projeto não passará porque acreditamos na capacidade de luta dos trabalhadores. A terceirização é o grau mais acabado da precarização das condições de trabalho”, disse Índio, afirmando que as manifestações acontecerão este ano e em 2014, quando o país estará com as atenções voltadas para a Copa do Mundo.
Ele conclamou os deputados a votar contra o projeto e deu um recado importante, caso os empresários saiam vitoriosos nessa disputa: “O conjunto dos trabalhadores, das entidades sindicais, da Intersindical, das demais centrais e da juventude voltarão às ruas para garantir a derrota dessa proposta, que é uma barbárie contra o trabalhador”.
A Anamatra (Associação dos Magistrados da Justiça do Trabalho) foi outra entidade de classe que afirmou posição contrária ao PL 4330. Para Paulo Luiz Schmidt, presidente da entidade, a regulamentação da terceirização proposta pelo PL 4.330/2010 objetiva tão somente a redução de custos para as empresas e vai aumentar a prática no país. “Daqui para frente o que era exceção vai virar regra”, alerta o magistrado, explicando que isso significará um aumento drástico da concentração de renda e consequente diminuição do fator trabalho na renda nacional. “Em termos de futuro da nação, o projeto é uma tragédia”, disse.
Paulo Schmidt também alertou que o projeto é uma ofensa a princípios da Constituição Federal, bem com as convenções internacionais da Organização Internacional do Trabalho (OIT).
fonte: site PSOL50
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