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terça-feira, 30 de julho de 2019

CONHEÇA A HISTÓRIA DO PSOL

O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), ao longo de mais de uma década de existência, tem se afirmado como a verdadeira alternativa de esquerda programática, capaz de pensar saídas efetivas para a população brasileira.
Capitaneada por diversos grupos políticos, militantes socialistas e intelectuais de esquerda, a nossa construção teve início em dezembro de 2003, quando os então deputados João Fontes e João Batista Babá, a deputada Luciana Genro e a senadora Heloísa Helena foram expulsos do Partido dos Trabalhadores (PT) por votarem contra a orientação da legenda na reforma da previdência, realizada no primeiro ano do governo Lula, que retirava direitos dos servidores públicos.
Somada a afirmação da coerência dos parlamentares à época, havia também uma parte significativa de militantes petistas descontentes com os rumos do governo, que sinalizava, a cada dia, o abandono do socialismo como horizonte estratégico e a defesa de projetos prejudiciais ao povo brasileiro.
Sem alternativa política à esquerda que pudesse abrigar os lutadores pelo socialismo, estes parlamentares iniciaram um movimento nacional pela fundação de um novo partido, de esquerda, socialista e democrático. Buscando obter registro permanente na Justiça Eleitoral, conseguimos, naquela ocasião, quase 700 mil assinaturas a favor da fundação, mas os cartórios eleitorais só concederam certidões a 450 mil dessas assinaturas. Em 15 de setembro de 2005, finalmente conseguimos o registro no Tribunal Superior Eleitoral.
Desde então temos crescido e ganhado reforço de nomes comprometidos com a luta por mais direitos. Logo em seguida à formalização junto ao TSE, outro grupo de descontentes com os rumos do PT e de seu governo se juntou ao partido, entre os quais os deputados federais Ivan Valente (SP) e Chico Alencar (RJ), a então deputada federal Maninha (DF), além de personalidades, militantes e intelectuais.
Em todos os últimos processos eleitorais para a Presidência da República, lançamos candidatura própria, com a ex-senadora Heloísa Helena, em 2006; com Plínio de Arruda Sampaio, em 2010; e com Luciana Genro, em 2014. Em todas essas disputas, nossos representantes apresentaram um programa verdadeiramente conectado às pautas da classe trabalhadora, das mulheres, dos jovens, dos negros, da comunidade LGBT e dos povos indígenas e quilombolas.
Nesses mais de dez anos de existência, temos atuação destacada em defesa dos direitos sociais, por uma educação pública e universal, por melhorias do atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), pela valorização dos trabalhadores do setor privado e do funcionalismo público e no enfrentamento à privatização dos serviços públicos.
Foi de nossa autoria o pedido de cassação do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Nossa combativa bancada, formada por Luiza Erundina (SP), Ivan Valente (SP), Chico Alencar (SP), Glauber Braga (RJ), Edmilson Rodrigues (PA) e Jean Wyllys (RJ), foi imprescindível para que as denúncias que pesavam contra o então deputado fossem investigadas.
Nossa militância e nossos deputados tiveram papel fundamental na luta contra o golpe institucional, orquestrado pelas cúpulas do PMDB e do PSDB, com o apoio de toda a bancada conservadora no Congresso Nacional, que destituiu, sem provas, a ex-presidente Dilma do Palácio do Planalto. Ressaltando as diferenças programáticas com os governos petistas, o partido denunciou o que estava por trás daquele processo, que colocou o ilegítimo Michel Temer no poder.
Nas duas votações que analisaram as denúncias protocoladas pela Procuradoria Geral da República contra Temer, a nossa bancada votou pela continuidade das investigações contra no Supremo Tribunal Federal (STF). Mesmo com toda a pressão nas ruas e com fortes indícios de envolvimento em esquemas de corrupção investigados pela operação Lava Jato, o presidente ilegítimo foi absolvido pela sua base de sustentação, a partir da compra indiscriminada de votos.
Numa conjuntura de fortes investidas contra o povo brasileiro, seguimos no combate sem tréguas em defesa dos direitos trabalhistas, previdenciários, do serviço público e contra a agenda conservadora que ameaça mulheres, negros/as, a comunidade LGBT, os direitos indígenas, entre outros.
Buscamos construir uma alternativa para o povo brasileiro, reorganizando a esquerda em um novo projeto – democrático, popular, de direitos e de luta. Vem com a gente!

FONTE: SITEPSOL50


Militante trans do PSOL é sequestrada e torturada na zona leste de SP

Na terça-feira (16/7), uma militante transexual, membra do diretório municipal do PSOL de Guarulhos, da setorial LGBT do PSOL SP e da direção do Quilombo Raça e Classe da CSP-CONLUTAS, foi sequestrada e torturada por declarados apoiadores do presidente Jair Bolsonaro por razões manifestamente transfóbicas, num ato criminoso de enorme gravidade.
A. T. (preservamos a identidade por questão de segurança) estava no início da Radial Leste quando foi abordada por dois homens armados que a mandaram entrar no carro. Deu-se início à prática de intimidação e tortura. A militante teve os olhos vendados, foi ameaçada com o direcionamento de arma de fogo contra a sua cabeça e ouviu insultos transfóbicos enquanto era agredida e seus pertences revirados. Além do crime de ódio as intimidações passaram para o campo político atacando suas posições em relação ao PSOL nas redes e contra o Bolsonaro. Como resultado da tortura teve ferimentos e escoriações graves em todo o corpo (joelhos, costas, ombros, dedos da mão, pescoço e rosto).
Com o objetivo de intimidar, o único pertence roubado foi seu celular, sob pretexto declarado pelos criminosos de acessar todos os contatos. Os criminosos também atiraram diversas vezes, por sorte não ferindo a vítima com estilhaços ou balas.
Desde o ocorrido, todas as medidas legais foram tomadas para resguardar a militante e exigir investigação e punição exemplares para o caso. A. T. fez exame em hospital e abriu boletim de ocorrência. Acompanhada por advogados e parlamentares do PSOL, a Secretaria de Segurança Pública foi interpelada com um pedido de reunião urgente sobre o caso, mas, até agora, não retornou.
O PSOL afirma que o ocorrido, sem precedentes, configura crimes gravíssimos motivados por razões políticas e transfóbicas. Criminosos que o praticam são movidos pelo ódio e conduta assassina, de cunho fascista, e têm por objetivo intimidar militantes como a companheira e o conjunto da militância de um partido de esquerda coerente e reconhecido pela sociedade, como o PSOL. Tais pessoas e seus possíveis mandantes não apenas não terão êxito nesses objetivos, como terão de responder criminalmente por seus atos, pois o partido não permitirá que o caso passe impunemente.
Fazemos o chamado a todos os partidos de esquerda, movimentos sociais, sindicatos, centrais sindicais, entidades democráticas como OAB, ABI e outras a condenarem o atentado contra uma mulher trans, negra, militante de esquerda, e exigirem conosco as providências cabíveis da Secretaria de Segurança Pública e do governo de São Paulo.
  • Exigimos investigação e punição exemplares.
  • Exigimos que a Secretaria de Segurança Pública de SP nos receba imediatamente, em caráter de urgência, para audiência.
  • Condenamos o ódio, a transfobia, a intolerância política e os métodos de milícia típicos de uma ideologia de traços fascistas.
Não seremos intimidados!
Executiva Estadual do PSOL São Paulo
25 de Julho de 2019