O Partido Socialismo e Liberdade (PSOL), ao longo de mais
de uma década de existência, tem se afirmado como a verdadeira alternativa de
esquerda programática, capaz de pensar saídas efetivas para a população
brasileira.
Capitaneada por diversos grupos políticos, militantes
socialistas e intelectuais de esquerda, a nossa construção teve início em
dezembro de 2003, quando os então deputados João Fontes e João Batista Babá, a
deputada Luciana Genro e a senadora Heloísa Helena foram expulsos do Partido
dos Trabalhadores (PT) por votarem contra a orientação da legenda na reforma da
previdência, realizada no primeiro ano do governo Lula, que retirava direitos
dos servidores públicos.
Somada a afirmação da coerência dos parlamentares à época,
havia também uma parte significativa de militantes petistas descontentes com os
rumos do governo, que sinalizava, a cada dia, o abandono do socialismo como
horizonte estratégico e a defesa de projetos prejudiciais ao povo brasileiro.
Sem alternativa política à esquerda que pudesse abrigar os
lutadores pelo socialismo, estes parlamentares iniciaram um movimento nacional
pela fundação de um novo partido, de esquerda, socialista e democrático.
Buscando obter registro permanente na Justiça Eleitoral, conseguimos, naquela
ocasião, quase 700 mil assinaturas a favor da fundação, mas os cartórios
eleitorais só concederam certidões a 450 mil dessas assinaturas. Em 15 de
setembro de 2005, finalmente conseguimos o registro no Tribunal Superior
Eleitoral.
Desde então temos crescido e ganhado reforço de nomes
comprometidos com a luta por mais direitos. Logo em seguida à formalização
junto ao TSE, outro grupo de descontentes com os rumos do PT e de seu governo
se juntou ao partido, entre os quais os deputados federais Ivan Valente (SP) e
Chico Alencar (RJ), a então deputada federal Maninha (DF), além de
personalidades, militantes e intelectuais.
Em todos os últimos processos eleitorais para a
Presidência da República, lançamos candidatura própria, com a ex-senadora
Heloísa Helena, em 2006; com Plínio de Arruda Sampaio, em 2010; e com Luciana
Genro, em 2014. Em todas essas disputas, nossos representantes apresentaram um
programa verdadeiramente conectado às pautas da classe trabalhadora, das
mulheres, dos jovens, dos negros, da comunidade LGBT e dos povos indígenas e
quilombolas.
Nesses mais de dez anos de existência, temos atuação
destacada em defesa dos direitos sociais, por uma educação pública e universal,
por melhorias do atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS), pela valorização
dos trabalhadores do setor privado e do funcionalismo público e no
enfrentamento à privatização dos serviços públicos.
Foi de nossa autoria o pedido de cassação do ex-presidente
da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha. Nossa combativa bancada, formada por
Luiza Erundina (SP), Ivan Valente (SP), Chico Alencar (SP), Glauber Braga (RJ),
Edmilson Rodrigues (PA) e Jean Wyllys (RJ), foi imprescindível para que as
denúncias que pesavam contra o então deputado fossem investigadas.
Nossa militância e nossos deputados tiveram papel
fundamental na luta contra o golpe institucional, orquestrado pelas cúpulas do
PMDB e do PSDB, com o apoio de toda a bancada conservadora no Congresso
Nacional, que destituiu, sem provas, a ex-presidente Dilma do Palácio do
Planalto. Ressaltando as diferenças programáticas com os governos petistas, o
partido denunciou o que estava por trás daquele processo, que colocou o
ilegítimo Michel Temer no poder.
Nas duas votações que analisaram as denúncias protocoladas
pela Procuradoria Geral da República contra Temer, a nossa bancada votou pela
continuidade das investigações contra no Supremo Tribunal Federal (STF). Mesmo
com toda a pressão nas ruas e com fortes indícios de envolvimento em esquemas
de corrupção investigados pela operação Lava Jato, o presidente ilegítimo foi
absolvido pela sua base de sustentação, a partir da compra indiscriminada de
votos.
Numa conjuntura de fortes investidas contra o povo
brasileiro, seguimos no combate sem tréguas em defesa dos direitos trabalhistas,
previdenciários, do serviço público e contra a agenda conservadora que ameaça
mulheres, negros/as, a comunidade LGBT, os direitos indígenas, entre outros.
Buscamos construir uma alternativa para o povo brasileiro,
reorganizando a esquerda em um novo projeto – democrático, popular, de direitos
e de luta. Vem com a gente!
FONTE: SITEPSOL50
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