Na última segunda-feira, a
Câmara dos Deputados elegeu seu presidente e demais membros da Mesa
Diretora pelo biênio 2013-2014. Quatro foram os candidatos ao cargo
principal: Chico Alencar (PSOL/RJ), Júlio Delgado (PSB/MG), Rose de
Freitas (PMDB/ES) e Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN). Venceu este
último.
Chico Alencar disse que
prevaleceu a vontade dos governistas, que mantêm um condomínio de poder.
Ele alertou para a necessidade de maior transparência e austeridade ao
Parlamento. “A ética é um elemento que está vinculado à moralidade
pública do bem comum, do interesse público e não do interesse menor e
privado”.
O líder do PSOL, deputado
Ivan Valente, afirmou que é extremamente preocupante o fato do mesmo
partido, o PMDB, comandar a Câmara e o Senado – onde foi eleito na
última sexta-feira, o senador Renan Calheiros. Este cenário reafirma a
posição do PMDB como o maior aliado do governo federal. “É extremamente
preocupante o poder das duas Casas legislativas estar concentrado nas
mãos de um único partido”, alertou Ivan Valente.
Além disso, os dois eleitos
estão sob graves acusações de corrupção. “Ambos assumiram as
presidências com sérias dúvidas éticas”, analisou o líder do PSOL. O
deputado Henrique Eduardo Alves é acusado de ter beneficiado a empresa
de um ex-assessor por meio de emendas parlamentares. O senador Renan
Calheiros – que renunciou a presidência do Senado, em 2007, acusado de
ter suas despesas pagas por empreiteiras, sofreu uma representação
proposta pelo PSOL, mas foi absolvido pelos demais senadores no voto
secreto – é acusado, desta vez, pela Procuradoria Geral da República,
dos crimes de peculato, falsidade ideológica e utilização de documento
falso.
2013
A bancada do PSOL –
deputados Ivan Valente, Chico Alencar e Jean Wyllys – continuará
defendendo a votação de projetos relacionados aos trabalhadores
brasileiros, entre eles a instituição das 40 horas semanais e o fim do
fator previdenciário. Os parlamentares querem a revisão da reforma da
previdência, aprovada em 2003 no Congresso – no final do ano passado, o
PSOL apresentou ADI no Supremo Tribunal Federal pedindo a anulação da
reforma, com base no julgamento do mensalão.
O partido também destaca a
necessidade da reforma política, com financiamento público exclusivo de
campanha, e a extinção do 14º e 15º salários dos parlamentares. A
aprovação da Proposta de Emenda à Constituição que institui o voto
aberto na Câmara e no Senado também é ponto prioritário ao PSOL. “A
sociedade não aguenta mais a falta de transparência”, afirmou o líder
Ivan Valente.
fonte:http://www.liderancapsol.org.br/ |
sábado, 23 de fevereiro de 2013
PSOL reafirma condição de oposição diferenciada na Câmara
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