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terça-feira, 21 de janeiro de 2014

PSOL admite ter candidato próprio

Com histórico de oposição a todas as esferas de poder, o PSOL do Ceará também já se prepara para lançar candidato ao Governo do Estado, nas eleições de outubro deste ano. Segundo dirigentes do partido, a legenda está discutindo a possibilidade de lançar candidatura aliada a outras duas agremiações menores: o PCB e o PSTU. No próximo sábado, 25 de janeiro, a sigla realiza reunião do diretório estadual, após a qual deve divulgar “indicativo de pré-candidatura”. 

O advogado Renato Roseno é um dos nomes mais cotados para disputar o Governo do Estado representando o PSOL foto: JOSÉ LEOMAR
Embora reforce que ainda não há nenhuma oficialização, a nova presidente estadual do PSOL, Cecília Feitoza, comenta que o nome do ex-presidente estadual e candidato do partido na última eleição municipal, o advogado Renato Roseno, é um dos mais cotados para disputar o Governo do Estado. Segundo ela, ele é um dos que têm o “perfil” mais próximo ao que partido quer, “jovem”, “ideológico”, “próximo ao que as ruas querem contra a velha forma de fazer política”.

Cecília afirma que o encontro do próximo dia 25 vai ser a primeira discussão “oficial”, com a participação de membros do partido de todos os municípios do interior, sobre candidaturas no Estado. Ela justifica que essa discussão regional não tinha sido feita até agora, pois o diretório estadual estava priorizando o debate nacional sobre o candidato a presidente da República, quando o PSOL do Ceará chegou a apresentar a candidatura de Roseno ao Executivo Federal.

A presidente lembra que, durante o Congresso Nacional do PSOL, em dezembro do ano passado, o diretório estadual retirou a candidatura do advogado cearense, alegando que o processo interno, que culminou com a escolha do senador Randolfe Rodrigues (AP) como candidato a presidente, foi marcado por polêmica em relação a possíveis “métodos” fraudulentos utilizados. “Resolvemos retirar a candidatura dele de vez durante a votação por não reconhecer esses métodos”, alega.

A escolha de Ranfolfe chegou, inclusive, a dividir o partido no Ceará. Enquanto setores ligados à corrente interna do PSOL da qual Renato Roseno e o vereador João Alfredo fazem parte não reconheceram a escolha do senador do Amapá como candidato à Presidência, a vereadora Toinha Rocha defendeu que a decisão do congresso nacional do partido deveria ser respeitada e Ranfolfe Rodrigues, “abraçado” por todos os correligionários. 

Apesar da divisão, a nova presidente estadual do PSOL afirma que, embora o partido no Ceará já tenha desistido de lançar Roseno como candidato a presidente, o diretório estadual vai continuar lutando pela realização de uma conferência eleitoral até junho deste ano, quando acontecem as convenções que vão oficializar os candidatos. Segundo ela, essa decisão está contida em resolução já aprovada pela Executiva Estadual do partido. 

Parlamento
Sem nenhum representante cearense na Assembleia Legislativa nem na Câmara Federal, Cecília Feitosa afirma que o partido também está se preparando para tentar eleger deputados. Ela pondera, contudo, que, trabalhando com o coeficiente eleitoral de cerca de 100 mil votos para eleger um parlamentar, aliado aos recursos de campanha reduzidos que o partido conta e a regras eleitorais “injustas”, o partido terá dificuldade para obter bons resultados nas eleições para o Parlamento. Sobre nomes que devem disputar vagas, a presidente estadual do PSOL afirma que, apesar das especulações, nada ainda está definido. 


fonte:http://diariodonordeste.globo.com

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