VEM PRO PSOL!

terça-feira, 25 de outubro de 2011

IMORAL

VERGONHA

No último fim de semana foi realizada uma mega festa para entrega de uma ambulância, no mesmo evento foi distribuido um panfleto onde apresentava as obras nos últimos três anos, dentre elas a entrega de 25 casas na zona rural, então fomos procurar as casas no entanto encontramos duas familias morando em escolas, vejam as fotos. (Não tiramos dos moradores para presevar-los.)

ESCOLA  MUNICIPAL LUIZ JOSE DA SILVA. (SITIO ARISCO)  NA DISTRIBUIÇÃO DAS CASAS A ADMINISTRAÇÃO  NÃO VIU ISTO? HÁ UMA FAMILIA MORANDO EM UMA ESCOLA... ÉÉÉ...... ALÉM DE EXCLUIDOS... TAMBÉM SÃO INVISIVEIS? NOSSO BRASIL TEM DESSAS COISAS....




LÁ NO SITIO CATOLÉ NÃO É DIFERENTE A ESCOLA MUNICIPAL JOSE TERTO DA SILVA, TAMBÉM SERVE DE MORADIA,  E AS CRIANÇAS DO DISTRITO SEM CRECHE PRÓXIMO  , ESTA ESCOLAR PODERIA COM  CERTEZA  SER TRANSFORMADA  EM CRECHE, O  POVO DO CATOLÉ MERECE UMA CRECHE VAMOS  LÁ, FOI DADA A IDÉIA.


BALEIA  (CADELA DA FOTO) NÃO ESTÁ NEM AI, MAIS NÓS HUMANOS PENSANTES TEMOS QUE NOS REVOLTAR COM ESTAS SITUAÇÕES E DAR UM BASTA.
(LEMBRAMOS VIDAS SECAS )

Lagoa Salgada é uma terra boa, precisamos participar da  realidade da comunidade, não podemos ver esta situação e ficarmos calado.
O QUE HÁ DE BOM NOS ÙLTIMOS 20 ANOS???


sábado, 22 de outubro de 2011

ESTADIO MUNICIPAL AINDA ESTARIA INCOMPLETO

Segundo moradores e atletas do municipio o estádio municipal ainda estaria incompleto, apesar de todo o convenio já está terminado os vestiarios e banheiros ainda estão em piso bruto, no entanto no portal da transparencia DIZ que referido convenio já foi finalizado.
 
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Detalhes do Convênio
Número do Convênio SIAFI:
553194
Situação: Concluído
Nº Original: CR.NR.0185504-83
Objeto do Convênio: IMPLANTACAO DE NUCLEOS DE ESPORTE RECREATIVO E DE LAZER LAGOA SALGADA RN AUTORIZADO PELO OFiCIO ME N 2950 2005
Orgão Superior: MINISTERIO DO ESPORTE
Concedente: CEF/MINISTERIO DO ESPORTE
Convenente: LAGOA SALGADA PREFEITURA
Valor Convênio: 220.000,00
Valor Liberado: 220.000,00
Publicação: 05/01/2006
Início da Vigência: 29/12/2005
Fim da Vigência: 20/05/2008
Valor Contrapartida: 11.000,00
Data Última Liberação: 16/04/2007
Valor Última Liberação:110.000,00
FONTE:http://www.portaltransparencia.gov.br/convenios/

Fomos verificar e realmente não tem cerâmica, nem azulejos, perguntamos ao poder público é assim mesmo? o projeto diz que é pra ficar no contra piso? Estamos dipostos a publicar a resposta, vejamos as fotos.



Pois é, não estamos dizendo se está certo ou errado, mas no projeto era pra ficar ASSIM?

INFOMATIVO003/2011



INFORMATIVO AOS FILIADOS
Lagoa Salgada, 15 de outubro de 2011      QUINZENAL   tiragem 40 exemplares Nº003/2011

PSOL EM DEFESA DO MEIO AMBIENTE (alerta)
Todo salgadense conhece a lagoa que deu nome a cidade, Lagoa da Porta, e sabemos que ela é muito importante para nossa cidade por seu valor histórico, além dos pescadores que sempre estão por lá pegando seu peixe, o PSOL vem através deste fazer um alerta a população não podemos perder um bem tão precioso, o que está acontecendo e que no sangrador da lagoa que corta a cidade temos visto vários peixes mortos, assim como a cor da água com várias manchas negras, o sangrador despeja em um açude de nosso município, ou seja, a possível contaminação da lagoa pode também contaminar o açude. O ambiente do município é nosso temos que preservá-lo. Observe as fotos abaixo. Fotos Daniel.



Caros companheiros é hora de tomarmos uma decisão, de Ser responsáveis pelo futuro dos nossos filhos, temos que fazer alguma coisa. O que?  È você quem decide.

O Analfabeto Político
Bertolt Brecht
O pior analfabeto é o analfabeto político. Ele não ouve, não fala, nem participa dos acontecimentos políticos. Ele não sabe o custo de vida, o preço do feijão, do peixe, da farinha, do aluguel, do sapato e do remédio depende das decisões políticas.
O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que, da sua ignorância política, nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos, que é o político vigarista, pilantra, corrupto e lacaio das empresas nacionais e multinacionais.
 fonte:
http://www.consciencia.net/2004/mes/01/brecht-analfabeto.html

terça-feira, 11 de outubro de 2011

NO PARÁ



Com a presença de Jean Wyllys, PSOL organiza núcleo LGBT no Pará

A senadora Marinor Brito, líder do PSOL no senado federal, reuniu no dia 7 de outubro cerca de 100 lideranças LGBT’s (lésbicas, gays, transsexuais e bissexuais) do Pará em um almoço, em sua residência, para organizar o núcleo deste importante segmento, em Belém.
Como anfitriões, os deputados Jean Wyllys (PSOL-RJ) e Edmilson Rodrigues (PSOL-PA) e a própria senadora Marinor Brito que agradeceu a presença de todas e todos e mais uma vez assumiu o compromisso com a luta pela cidadania LGBT.
-Esse mandato que exerço é coletivo e é fruto da luta do povo e só tem sentido se for exercido para garantir conquistas para todas e todos, como por exemplo, a luta pela cidadania LGBT que conta na bancada do PSOL com a presença dignificante do deputado Jean Wyllys que hoje, aqui, em Belém nos honra com a sua presença e com o seu significado para amplas parcelas do povo brasileiro que agora tem uma representação de luta e a altura dos milhões de LGBT’s de todo Brasil, disse.

FONTE:http://psol50.org.br/blog

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

PENSE...


CRIANÇA.....TEM FOME DE QUE?

Por Heloísa Helena (PSOL/Al)


O Dia da Criança no Brasil – 12 de Outubro - foi definido em 1924, mas a data só virou realidade mesmo depois de 1960 quando duas grandes empresas de produtos infantis resolveram aumentar as suas vendas com a promoção da “Semana do Bebê Robusto” e, portanto dinheiro e publicidade em tempos de crianças esquálidas... Embora em 20 de Novembro de 1959 a ONU tenha aprovado por unanimidade a Declaração dos Direitos da Criança e tenha tentado garantir a esta data o simbolismo de Dia Universal da Criança! Essa Declaração – há 51 anos aprovada – traz Princípios a serem obrigatoriamente conferidos pelas Nações Signatárias em Direitos: I. Igualdade, sem distinção de raça, religião ou nacionalidade; II. Especial proteção para o seu desenvolvimento físico, mental e social; III. Nome e Nacionalidade; IV. Alimentação, moradia e assistência médica adequadas para a criança e a mãe; V. Educação e cuidados especiais para a criança física ou mentalmente deficiente; VI. Amor e compreensão por parte dos pais e da sociedade; VII. Educação gratuita e lazer infantil; VIII. Socorro em primeiro lugar, em caso de catástrofes; IX. Proteção contra o abandono e a exploração no trabalho; X. Crescimento dentro do espírito de solidariedade, compreensão, amizade e justiça entre os povos. E no Brasil foi aprovada há 21 anos – com a legitimidade popular de um milhão de assinaturas para regulamentação do artigo 227 da Constituição Federal - a Lei 8069/ Estatuto da Criança e Adolescente com 267 Artigos que conferem todos os Direitos que todas as Mães gostariam que seus filhos (as) tivessem como garantia de vida digna vivida em plenitude.Cansou de ler? Imagine o cansaço e o desespero de milhares de lutadores sociais espalhados em cada canto do país - que renascem em coragem e esperança todos os dias - na perspectiva de superar o abismo entre as conquistas da legislação em vigor e as propostas concretas já disponibilizadas diante da cotidiana realidade de miséria humana imposta a milhões de crianças como mecanismo potencialmente destruidor dos mais belos sentimentos de inocência e bondade na infância. Imagine especialmente o significado na vida dessas crianças de dias e dias de maus-tratos, negligência material e laços afetivos destruídos, humilhação repetitiva e intensa, espancamento e crueldade, vergonhosa exploração sexual, trabalho aviltante e penoso, abandono e solidão na negação das descobertas e encantamento com o mundo... situações de inimaginável indignidade que marcam como ferro em brasa de forma dolorosa e profunda o coração e a alma das crianças... experiências que na maioria das vezes são impossíveis de serem transformadas apenas em tristes lembranças e permanecem mesmo como imensas cicatrizes mutiladoras remoendo em dores para sempre nas relações pessoais e familiares ou representadas em intensa brutalidade comportamental na vida em sociedade! As frias estatísticas oficiais – embora jamais possam medir as lágrimas e os sofrimentos pessoais ou coletivos - mostram em incontestável precisão matemática as histórias de pequenas vidas friamente destruídas todos os dias nas ruas, nas periferias, nas casas, nos campos ou nas cidades... utilizadas como mão-de-obra escrava do narcotráfico, exploradas sexualmente em seus pequeninos corpos, famintas catando restos alimentares ou esqueléticas pelo uso do crack, morrendo por causas evitáveis no sistema de saúde ou vítimas diretas da guerra silenciosa na violência que mata crianças no Brasil – ou as deixa órfãs – em número muito maior que todas as guerras e conflitos armados em vários países... Crianças envolvidas na criminalidade e crianças morrendo de forma cruel e horrenda! Crianças que aprendem o que de pior existe no consumo e banalização de drogas psicotrópicas lícitas e ilícitas, na sexualidade infame e precoce, nas técnicas de violência para ter a sensação de proteção e poder pessoal, mas são impedidas pela ausência criminosa do aparelho de estado de terem acesso à educação, música, cultura e esporte para nem cobrar tudo que efetivamente elas têm direito conferido no arcabouço jurídico brasileiro vigente e em todas as normas internacionais ratificadas pelo país. O mais doloroso é que a cada novo Dia das Crianças mais análises epidemiológicas são apresentadas nas mortes por causas evitáveis, mais estudos pedagógicos são consolidados comprovando a importância do acesso ao conhecimento e da melhoria das condições objetivas de vida, mais elementos da neurociência são compreendidos demonstrando como as políticas sociais na infância são importantes tanto para potencializar as habilidades cognitivas em lógica e matemática, a evolução da linguagem, o conhecimento cultural, a estruturação das análises e julgamentos dos fatos, a nutrição do afeto... tantas ferramentas poderosas e maravilhosas à disposição e que se introduzidas no período da infância serão de tal forma consolidadas que ninguém nunca poderá roubar a dignidade existencial de uma criança e o seu futuro em vida vivida com dignidade! Talvez seja exatamente por isso que tão pouco interesse político exista para transformar tão dura e constrangedora realidade! Tomara um dia possam todas as crianças conquistar o direito de brincar muito e possam também ter belos livros companheiros e possam amar os animais e respeitar a natureza... e possam ouvir músicas e recitar poesias e olhar as estrelas ou gargalhar muito uivando pra lua... e possam ser muito amadas independente da cor da pele ou de serem portadoras de deficiências ou sofrimento mental... e que não sofram preconceitos ou humilhações por nenhuma das características que apresente... Que sejam apenas crianças vivenciando os preciosos e insubstituíveis momentos da infância como se “no tempo da maldade a gente nem tinha nascido”!
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FONTE: BLOG DO PSOL

sábado, 8 de outubro de 2011

BOFF

Leonardo Boff   
Leonardo BoffLeonardo BoffO desejo não é um impulso qualquer. É um motor que põe em marcha toda a vida psíquica. Ele goza da função de um princípio, traduzido pelo filósofo Ernst Bloch por princípio esperança. Por sua natureza, não conhece limites, como já foi visto por Aristóteles e por Freud. A psiqué não deseja apenas isto ou aquilo. Ela deseja a totalidade. Não deseja a plenitude do homem, procura o super-homem, aquilo que ultrapassa infinitamente o humano, como afirmava Nietzsche. O desejo se apresenta infinito e confere o caráter de infinito ao projeto humano.
O desejo torna dramática e, por vezes, trágica a existência. Mas também, quando realizado, uma felicidade sem igual. Estamos sempre buscando o objeto adequado ao nosso desejo infinito. E não o encontramos no campo da experiência cotitidiana. Aqui somente encontramos finitos.
Produz grave desilusão quando o ser humano identifica uma realidade finita como sendo o objeto infinito buscado. Pode ser a pessoa amada, uma profissão sempre ansiada, a casa dos sonhos. Chega o momento que, geralmente, não tarda muito, em perceber uma insatisfação de base e sentir o desejo por algo maior.
Como sair deste impasse, provocado pelo desejo infinito? Borboletar de um objeto a outro, sem nunca encontrar repouso? Temos que nos colocar seriamente na busca do verdadeiro objeto de nosso desejo. Entrando in medias res, vou logo respondendo: este é o Ser e não o ente, é o Todo e não a parte, é Infinito e não o finito. Depois de muito peregrinar, o ser humano é levado a fazer a experiência do cor inquietum (coração inquieto) de Santo Agostinho: Tarde te amei, ó Beleza tão antiga e tão nova.Tarde de te amei. Meu coração inquieto não descansará enquanto não respousar em Ti. Só o Infinito Ser se adequa ao desejo infinito do ser humano e lhe permite descansar.
O desejo envolve energias vulcânicas poderosas. Como lidar com elas? Antes de mais nada, se trata de acolher, sem moralizar, esta condição desejante. As paixões puxam o ser humano para todos os lados. Algumas o atiram para a generosidade e outras para o egocentrismo. Integrar, sem recalcar tais energias, exige cuidado e não poucas renúncias.
A psiqué é convocada a construir uma síntese pessoal que é a busca do equilíbrio de todas as energias interiores. Nem fazer-se vítima da obsessão por uma determinada pulsão, como por exemplo, a sexualidade, nem recalcá-la como se fosse possível emasculhar-lhe o vigor. O que importa é integrá-la como expressão de afeto, de amor e de estética e mantê-la sob vigilância pois temos a ver com uma energia vital não totalmente controlável pela razão mas por vias simbólicas de sublimação e por outros propósitos humanísticos. Cada um deve aprender a renunciar no sentido de uma ascese que liberta de dependências e cria a liberdade interior,um dom dos mais apreciáveis.
Outra forma de lidar com o desejo infinito é pela precaução que nos previne des ciladas da própria vulnerabilidade humana. Não somos onipotentes, nem deuses, inatingíveis ao fracasso. Podemos mostrar-nos fracos e, por vezes, covardes. Mas podemos precaver-nos contra situações que nos poderão fazer cair e perder o Centro.
Talvez uma chave inspiradora nos seja nos oferecida por C.G.Jung com sua proposta de construir, ao largo da vida, um processo de individuação. Este possui uma dimensão holística: assume com destemor e humildade todas as pulsões, imagens, arquétipos, luzes e sombras. Ouve o rugir das feras que o habitam mas também o canto do sabiá que o encanta. Como criar uma unidade interior cujo efeito seja o equilíbrio dos desejos, a vivência da liberdade e da alegria de viver?
C. G. Jung sugere que cada um procure criar um Centro forte, um Self unificador que tenha a função que o sol possui no sistema solar. Ele sateliza ao seu redor todos os planetas. Algo semelhante deve ocorrer com a psiqué: alimentar um Centro pessoal que tudo integre, com reflexão e com interiorização. E não em último lugar, com o cultivo do Sagrado e do Espiritual. A religião, como instituição, não raro cerceia a vida espiritual por excesso de doutrinas e de normas morais demasiado rígidas. Mas religião como espiritualidade desempenha uma função fundamental no processo de individuação. Cabe a ela ligar e re-ligar a pessoa com seu Centro, com todas as coisas, com o universo, com a Fonte originária de todo o ser, dando-lhe um sentimento de pertença.
A falta da integração da energia do desejo se manifesta pela dilaceração das relações sociais, pela violência assassina praticada em escolas ou nas matanças de pessoas negras, pobres e homoafetivos.
Lidar com as forças do desejo implica, pois, uma preocupação pela sanidade social. Não se poderá passar ao lado da educação humanística, ética e cidadã que eduque o desejo. O grande obstáculo reside na lógica mesma do sistema imperante que exaspera o desejo de ter, descuidando dos valores civilizatórios, da gentileza, do bom trato e do respeito a cada pessoa. Ao contrário, os meios de comunicação de massa exaltam o desejo individual e a violência para resolver os conflitos humanos.
A globalização como fenômeno humano, nos obrigará a moderar os desejos pessoais em favor dos coletivos e assim tornar mais equilibrada e amigável a coexistência humana. Como desejamos tempos favoráveis!
Leonardo Boff é teólogo
FONTE: F. LAURO CAMPOS SITE

CHICO

06/10/2011 - 10:32

Chico Alencar: O verbo “roubar”

O verbo ‘roubar’
*Chico Alencar
Perdi o bonde e a esperança. Volto pálido para casa. A rua é inútil e nenhum auto passaria sobre meu corpo.”
(Carlos Drummond de Andrade, Soneto da Perdida Esperança – 1934)
O desastre do bondinho de Santa Teresa, no Rio, é tragédia e metáfora. Mesmo sucateado pela omissão criminosa das autoridades e pela fadiga de materiais, o “bonde Brasil” prossegue: alguns parecem acordar para a mobilização contra a corrupção. Para ser transformadora, porém, toda justa indignação precisa de trilhos e trajeto. Um bonde percorre etapas até chegar ao destino final.
Padre Vieira, no século XVII, clamou: “Aqui se conjuga o verbo roubar em todos os tempos, modos e lugares.” O sistema colonial, fundado no latifúndio, na escravidão e na dependência externa, que continuou no Império, produzia corrupção larvar, derivada do mandonismo local. A República ainda não superou muitas dessas práticas patrimonialistas.
A história ensina que corrupção não se combate com “vassouradas” a la Jânio e “caçadas a marajás” estilo Collor. Corruptores — tão pouco mencionados — e seus beneficiários, os corruptos, são como mofo e bolor: só a luz do sol os afeta. Esta é uma primeira exigência, a estação inicial: transparência total nas atividades públicas e acompanhamento pari passu dos eleitos, com controle social de seus atos. A crescente autonomização do Poder Público em relação à sociedade é a morte da democracia.
Órgãos de controle existem: tribunais de contas, controladorias, legislativos. Quantos exercem, com eficácia, essas funções? Daí o imperativo de constituí-los com quadros técnicos competentes e dirigentes dotados de espírito público, sem corporativismos. O compadrio risonho precisa ser retirado do bonde onde está aboletado, viajando gratuitamente, há séculos. A impunidade, força motriz das trombadas contra o interesse público, gera prejuízos nunca ressarcidos: a Advocacia Geral da União só recuperou 7% do que foi subtraído, na última década.
A Educação, como os Arcos da Lapa, é o caminho para se alcançar áreas mais elevadas? Sim, desde que ela não continue, como o antigo aqueduto, com suas telas de proteção furadas: profissionais mal remunerados, sem atualização adequada, e gestões centralizadas, autoritárias. Não é admissível que de cada R$10 investidos no setor apenas R$1 chegue na atividade fim, o encontro vivificante da sala de aula. Clama-se, com razão, por 10% do PIB para a Educação já, sem desvios!
É indispensável também profunda reforma do nosso sistema político, que perde credibilidade com tantas legendas de aluguel, entre as quais “novas” já carregadas das velhas fraudes, e grandes partidos acometidos de nanismo moral. “Não, não nos representam”, cantam os jovens na Puerta Del Sol, em Madri. Esse clamor está chegando aqui.
Reforma política não existirá sem uma nova consciência cidadã, que desmercantilize o voto. E sem campanhas austeras, em torno de projetos e causas, e não de favores ou promessas enganosas anunciadas em marketings milionários. Nenhuma política pública se sustenta com uma estrutura administrativa que dá ao Executivo federal 25 mil cargos de livre nomeação – usados, em geral, para barganhas partidárias menores, como nos estados. Nem com pagamento de juros e amortização da dívida, que comprometerão 47,5% do Orçamento deste ano. Financeirização da economia e corrupção têm parentesco.
Só discernindo quem é quem nessa viagem poderemos chegar às esperanças recuperadas de Drummond, em 1934: “Vou subir a ladeira lenta em que os caminhos se fundem. Todos eles conduzem ao princípio do drama e da flora.(…) Há muito tempo nós gritamos: sim! Ao eterno.”
CHICO ALENCAR é deputado federal (PSOL/RJ).
Publicado em O Globo (05/10/2011)

JEAN

Jean Wyllys participa do Seminário Alternativas de Enfrentamento à Crise

O deputado Jean Wyllys participou na terça-feira, 4, do Seminário que acontece na Ordem dos Advogados do Brasil. Leia o discurso.
A crise global que enfrentamos hoje é a continuação da crise iniciada em 2008, quando grandes bancos internacionais foram à falência, mas logo foram salvos pelo Estado, às custas do povo. Para salvar o setor financeiro, os governos se endividaram fortemente, e esta é a razão pela qual ocorre, neste momento, uma crise global da dívida pública.
Ao invés de questionar estas dívidas ilegítimas, os governos preferem cobrar a conta dos trabalhadores, com pesados ajustes fiscais, cortes de direitos sociais e reformas neoliberais, como a previdenciária e as privatizações. Tudo para reservar cada vez mais recursos para o pagamento desta questionável dívida.
Nesta semana, o governo da Grécia reconheceu que não conseguirá cumprir as metas exigidas pelo FMI, mesmo tendo feito pesadas reformas que fizeram a população ir massivamente às ruas. Ou seja: o “mercado” é insaciável, e não se importa em passar a conta de sua própria irresponsabilidade para os mais pobres.
No Brasil, os bancos não precisaram ser salvos pelo Estado, porque já são salvos todos os dias. Metade do Orçamento Geral da União é destinada para o pagamento da dívida pública, o que gera os altíssimos lucros do setor financeiro nacional e estrangeiro. Ou seja: o ajuste fiscal exigido pelo FMI nos países da Europa também é executado aqui no Brasil.
Prova disso é que nós, aqui no Parlamento, especialmente nesta Comissão de Finanças, somos obrigados a seguir a chamada “Lei de Responsabilidade Fiscal” – que foi imposta ao país pelo FMI – e impedir a aprovação de qualquer proposição legislativa que ameace o chamado “superávit primário”, ou seja, a reserva de recursos para o pagamento da dívida. Qualquer projeto que aumente os gastos sociais, ou reduza os tributos – que no Brasil oneram principalmente os mais pobres – tem que ser rejeitado por nós, sob a justificativa de que poderiam afetar o “equilíbrio fiscal”.
Enquanto isso, o Banco Central, por meio do COPOM (Comitê de Política Monetária), tem toda a liberdade para estabelecer a maior taxa de juros do mundo, fazendo explodir os gastos com a dívida pública, a maior fatia do orçamento, sem sequer consultar esta Comissão. Portanto, infelizmente, nós aqui na Comissão de Finanças, por força da chamada “Lei de Responsabilidade Fiscal”, somos obrigados a garantir a priorização dos gastos com o endividamento público.
O argumento da “inadequação orçamentária” bloqueia diversas iniciativas deste Parlamento que visem aumentar os gastos sociais, como a Proposta de Emenda à Constituição nº 300 (que prevê um piso salarial para os policiais e bombeiros dos estados), ou a tão falada regulamentação da Emenda 29, que na versão aprovada pelo Senado previa um aumento de cerca de R$ 40 bilhões por ano para a saúde. Esta Comissão de Finanças rejeitou esta proposta, e assim o Plenário da Câmara aprovou um substitutivo que não aumentou os recursos da saúde. O argumento da “falta de recursos” também impede que o Plano Nacional de Educação (Projeto de Lei 8035/2010) estabeleça o valor mínimo de 10% do PIB para esta importante área social.
Portanto, nós, aqui no Parlamento, sofremos diariamente as imposições do FMI, tanto quanto o povo grego, aqui representado pela nobre deputada Sofia Sakorafa, a única a votar contra o pacote nefasto do FMI no ano passado. É muito importante que o povo grego se mobilize por uma auditoria da dívida, que no Brasil está prevista na Constituição de 1988. Hoje, 5 de outubro de 2011, completam-se exatos 23 anos de sistemática violação do artigo 26 das Disposições Constitucionais Transitórias, que prevê a formação de uma Comissão Mista de deputados e senadores, a fim de proceder esta auditoria.
Mas tenho certeza que a união dos povos brasileiro e grego, latino-americano e europeu, haverá de conquistar a verdadeira soberania.
Estamos juntos nesta luta!
Deputado Jean Wyllys PSOL/RJ
Titular da Comissão de Finanças e Tributação Câmara dos Deputados
FONTE: PSOL NACIONAL

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

UM CIDADÃO BRASILEIRO

Recife (Adital) - O pernambucano Paulo Freire, que revolucionou a educação criando um eficiente método para alfabetização de adultos teria completando 90 anos em 19 de setembro. No país que tem um dos piores indicadores educacionais da América, a data foi lembrada nos ciclos acadêmicos do sul mas quase passou despercebida no Nordeste. Paulo Freire morreu em 1997. Numa das últimas entrevistas que deu e que estão disponíveis no Youtube, ele disse que gostaria de ser lembrado como "alguém que amou o mundo, as pessoas, os bichos, as árvores, a terra, a água, a vida". Foi reconhecido internacionalmente pela autoria de uma pedagogia crítica, dialógica e transformadora que assume compromisso com a libertação dos oprimidos.
DivulgaçãoConsiderado subversivo pelos militares, Paulo Freire foi preso em 1964 e passou setenta e cinco dias na cadeia do quartel de OlindaConsiderado subversivo pelos militares, Paulo Freire foi preso em 1964 e passou setenta e cinco dias na cadeia do quartel de Olinda

Embora seja mais conhecido pela criação de um método de alfabetização de adultos, Paulo Freire construiu uma teoria do conhecimento que continua inspirando pesquisadores dedicados aos estudos de filosofia, comunicação, arte, física, matemática, biologia, geografia, história, literatura, economia, medicina, entre outros campos de atuação. Segundo a diretora de Gestão do Conhecimento do Instituto Paulo Freire, Ângela Antunes, o reconhecimento dele, fora do campo da pedagogia, demonstra que o seu pensamento também é transdisciplinar e transversal. "A pedagogia é essencialmente uma ciência transversal. Desde seus primeiros escritos, Paulo Freire considerou a escola muito mais do que as quatro paredes da sala de aula. Ele criou o círculo de cultura como expressão dessa nova pedagogia que não se reduzia à noção simplista de aula", observa.

O presidente do Instituto Paulo Freire, Moacir Gadotti, enfatiza que não se pode entender o pensamento de Paulo Freire descolado de um projeto social e político. "A força da obra de Paulo Freire também reside na ideia de que é possível, urgente e necessário mudar a ordem das coisas". Segundo Gadotti, as teorias e práticas de Paulo Freire também encantavam pessoas de várias partes do mundo porque "despertavam a capacidade de sonhar com uma realidade 'mais humana, menos feia e mais justa', como o próprio Paulo costumava dizer".

Considerado subversivo, Paulo Freire foi preso em 1964 e passou 75 dias em uma cadeia do quartel de Olinda (PE). Ao saber que ele era professor, um dos oficiais responsáveis pelo quartel, solicitou que alfabetizasse alguns recrutas. "Paulo explicou que havia sido preso justamente porque queria alfabetizar!", lembra Gadotti. Em 1980, depois de 16 anos de exílio, Paulo retornou ao Brasil para "reaprender" seu país, como afirmou na época. Lecionou na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Em 1989, tornou-se Secretário de Educação no Município de São Paulo.

Paulo Freire é autor de muitas obras: Pedagogia do oprimido (1968), Extensão ou comunicação? (1971), Cartas à Guiné-Bissau (1975), Pedagogia da esperança (1992), À sombra desta mangueira (1995), entre outras.

Dentre as homenagens recebidas, Paulo foi agraciado com o título de Doutor Honoris Causa em 39 universidades no Brasil e no mundo. Dezenas de instituições o elegeram como "Presidente de Honra" e uma escultura de pedra com a sua imagem foi esculpida em 1972, em Estocolmo, onde ele é representado na companhia de Mao Tsé Tung, Pablo Neruda, Ângela Davis, Sara Lidman e outras pessoas que lutaram contra a opressão. Ao receber prêmios, medalhas e títulos, ele costumava dizer que essas homenagens o desafiavam a continuar trabalhando.

Em 1996, lançou seu último livro, intitulado "Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa". No ano seguinte, em 2 de maio de 1997, Paulo Freire morreu de um infarto agudo do miocárdio. A anistia aconteceu 12 anos depois, em 2009, e comoveu as 3 mil pessoas que estavam presentes na cerimônia, realizada em Brasília.

Educação como prática da liberdade

Na busca do ideal de educação fundamentada na democracia e na tolerância, Paulo Freire fez história. Em pleno século XXI, a proposta do educador brasileiro está presente tanto no legado de suas obras como na atualidade de seu pensamento. Nesta segunda-feira (19/9), Paulo Freire completaria 90 anos. Comemorações do seu nascimento acontecem desde o início do ano em todo o país.

Internacionalmente respeitado, os livros do educador foram traduzidos em mais de 20 línguas. No Brasil, tornou-se um clássico, obrigatório para qualquer estudante de pedagogia ou pesquisador de educação. Detentor de pelo menos 40 títulos honoris causa (por universidades a pessoas consideradas notáveis), Freire recebeu prêmios como Educação para a Paz (Nações Unidas, 1986) e Educador dos Continentes (Organização dos Estados Americanos, 1992).

"Defendo a educação desocultadora de verdades. Educando e educadores funcionando como sujeitos para desvendar o mundo", dizia Freire. A educação como prática da liberdade, defendida por ele, enxerga o educando como sujeito da história, tendo o diálogo e a troca como traço essencial no desenvolvimento da consciência crítica.

Uma pesquisa sobre o educador feita em escolas públicas de São Paulo a partir dos anos 90, pela Cátedra Paulo Freire (PUC-SP), constatou que aquelas baseadas em gestões democráticas são as que mais se aproximam do pensamento freireano. "Suas reflexões servem de base para discutir os desafios do mundo", afirma a coordenadora da Cátedra, Ana Maria Saul, que trabalhou com o educador entre 1980 e 1997.

Freire se mantém presente também na universidade. Uma consulta na Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) revela que entre 1987 e o ano passado, 1.441 pesquisas tiveram como referencial o educador - 75% na área das ciências humanas, 19% na biológicas e 6% na exatas. "Esses números, que têm crescido a cada ano, e a diversidade de áreas mostram como é fértil a reflexão de Paulo", aponta Ana Maria. (Desirèe Luíse, do Portal Aprendiz).

Paris testa aluguel de carros elétricos

Vaucresson (AE) - A Cidade das Luzes se prepara para iniciar o que promete ser um dos maiores programas de compartilhamento de carros elétricos do mundo. Os organizadores dizem que o Autolib - nome que vem de Velib, o programa de aluguel de bicicletas da capital francesa que funciona há quatro anos - vai começar a ser testado no domingo e operar plenamente em 5 de dezembro.  No começo, apenas 250 carros de quatro lugares, desenvolvidos pelo grupo francês Bollore e pela empresa de design italiana Pininfarina estarão disponíveis para aluguel.

FONTE:http://tribunadonorte.com.br

VIRA CASACA

Ética, política e “vira-casaca”

A oposição entre ética e política no cenário brasileiro desencoraja o cidadão comum, mas é prato cheio para aquele que age de forma oportunista.
O vira-casaca é, segundo os filólogos, o indivíduo que muda frequentemente de partido ou idéias, conforme a conveniência própria. É também chamado de “ventoinha” porque gira conforme o vento. O vira-casaca é um traidor em potencial. Ele anda nas sombras e espreita o inimigo a todo o momento. Qualquer um de nós pode mudar seus ideais políticos. Somos livres para isto. Mas, o vira-casaca tem algo de traidor em sua atitude, porque ao trocar de partido, ou de facção política, ele o faz sempre escolhendo o lado vencedor de preferência no último instante posterior às eleições. A falta de personalidade do vira-casaca é tanta quanto à falta de escrúpulo do político, que aceitou adotá-lo, acolhendo-o em suas hostes no primeiro, ou segundo escalão como comparsa de seu desgoverno. Se aquele é traidor de sua consciência, este é traidor do povo. 
O vira-casaca não impõe suas idéias porque não as tem. Para conseguir seu prestígio junto aos políticos desavisados estuda muito não a política, mas sim a politicalha. Após isso se une aos políticos em melhor situação e transfere residência para o paço municipal, ou os palácios governamentais. Isto é: tem presença marcante. Sai político, entra político e o vira-casaca lá está, impassível, cara-de-pau, tirando proveito e mamando na teta com toda sua incompetência. Pior ainda, não permitindo o acesso dos competentes. Sim, porque os vira-casacas literalmente são incompetentes para exercerem cargos públicos, que possam favorecer a comunidade. A História registra com eloquencia as peripécias dos vira-casacas desde Roma antiga, passando pelos tempos medievais até hoje. Foi na idade média que mais se destacaram. Naqueles tempos os feudos eram caracterizados pelas cores das roupas. Então, os vira-casacas contumazes mandavam confeccionar os casacos com duas cores. A cor do “amo” por fora e a cor do desafeto no avesso. Com este artifício entravam e saíam dos castelos à vontade, bastando virar o casaco ao avesso, ou vice-versa.
Infelizmente não existe um manual que explique como votar em um candidato que busca a reaproximação entre ética e política, e apenas acreditar em discursos que apregoam essa união é ineficaz. Fica uma pista: vote naquele cuja história de vida mais se mostrou condizente com a luta pelo bem comum.


FONTE;http://espiritosantornemfoco.wordpress.com/