VEM PRO PSOL!

quarta-feira, 7 de maio de 2014

No país do futebol: será que seremos campeões na educação?









Por
Prof.Esp.Gecionny Pinto


     O Brasil como sabemos é conhecido como o país do futebol, o único pentacampeão do mundo. Não é só a seleção que move nossas torcidas em quase todos os Estados da Federação, o futebol mobiliza as massas na defesa das cores de seus times.
            Eu particularmente também gosto de futebol, mas como educador há 14 anos na rede privada e há 4 na pública, questiono-me: será que seremos campeões na educação?
            Sabemos que o Governo Federal vive propagando que tem investido na educação, que tem valorizado o professor com a criação do piso nacional que não chega a três salários mínimos, e que agora com o Plano Nacional da Educação chegaremos a ser campeões da educação como espera-se de um país com a economia do Brasil.
            Sem deixar de reconhecer os pequenos avanços na educação técnica e superior nos últimos anos, se o governo não valorizar de verdade a educação básica pública, acabaremos por formar uma nova categoria de cidadãos, o analfabeto funcional portador de diploma.
            Os governos das oligarquias estaduais que governam o Rio Grande do Norte desde as Capitanias Hereditárias ( Alves, Maias, Rosados, Farias) alegam que fizeram o máximo que a Lei de Responsabilidade Fiscal( ou seria Lei Irresponsabilidade Social?) permitiam que os mesmo fizessem.
            O atual governo ( ou desgoverno?) de Rosalba - Betânia tem o agravante de propalar por todo o Estado que concedeu um aumento de quase 100% de aumento para os professores durante o seu mandato. Além do mais o governo realizou um corte ilegal e cruel no salário dos professores que realizavam uma greve legal por inúmeros direitos que estão sendo desrespeitados (como a promoção por tempo de serviço, capacitação e pasmem até mesmo o mísero reajuste de 8% do piso nacional).
Sem levar em consideração que a tão propalada informatização do sistema de matrículas e notas do chamado SIGEDUC, não saiu do papel simplesmente porque muitas escolas não possuem o acesso à internet. E para fechar o governo ainda usou de violência contra um membro da direção do sindicato em uma manifestação pacífica na Secretaria de Educação.
Por isso defendi a manutenção da greve  junto com a metade da categoria presente na assembleia que encerrou nossa greve, sem ter ao menos o salário cortado do mês de fevereiro devolvido e sem ter as leis aprovadas na Assembleia Legislativa sancionadas pela governadora.
Por outro lado o governo municipal do prefeito Carlos Eduardo, tem se preocupado muito com as obras de mobilidade veicular e com a nossa imagem na Copa do Mundo, tem desrespeitado o terço de hora atividade dos professores e a paridade dos educadores infantis. E a greve já poderia ter ocorrido e até mesmo ter sido unificada junto com a categoria estadual, já que muitos professores trabalham nesses dois vínculos públicos.Faltou ao sindicato a mesma combatividade que tem contra o DEM, diante de seu aliado político do PDT.
Sabemos que não haverá efetiva na educação pública brasileira, sem uma valorização efetiva dos profissionais da educação com a unificação dos nossos salários com os docentes da Rede Federal ( o Piso Nacional teria que dobrar de valor para se chegar a essa meta), o estabelecimento da dedicação exclusiva para cada docente na escola que o mesmo escolher, caso possua dois vínculos e a garantia de toda a estrutura pedagógica necessária para o desenvolvimento de suas atividades com excelência.
Somente se o Governo Federal que detém a maior parte do bolo tributário tiver coragem de implementar o discurso de valorização da educação e dos professores poderemos um dia, quem sabe daqui há vinte, trinta ou cinquenta anos chegarmos a ser campeões da educação, saindo da vergonhosa posição que o Brasil se encontra( 58º de 65 países que fazem a prova do PISA), sonhando um dia conquistar um prêmio Nobel nas áreas científicas.
Caso isso não ocorra, teremos que nos contentar em torcer pelo Hexa, se contentar com o piso (subterrâneo) dos professores, assistir nossos adolescentes e jovens terem suas vidas ceifadas todos os dias nas periferias pela criminalidade e achar que a solução para essa imensa crise social pelo qual passa a sociedade será resolvida com a redução da maioridade penal.

Nenhum comentário:

Postar um comentário